Seminário da canalização discute Impactos da urbanização
Aconteceu o 1º Seminário da Canalização do córrego Guaraú no Jardim Pery, realizado no Colégio’’ E.E.P.S.G Rita Bicudo Pereira, realizado por Rogério Custódio, o evento, discutiu sobre os impactos negativos e positivos que as obras de urbanização no bairro possam trazer para a vida dos moradores da região ainda em desenvolvimento.
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O Seminário aconteceu, sábado, dia 15 de setembro de 2007 das 9:00 h ás 13:00 h no pátio do colégio, e contou com bom comparecimento e participação da comunidade e a presença dos palestrantes convidados: _ da SABESP: o Engº Silvio Zonado/Técnico de Sistemas de Saneamento da_Divisão de Engenharia - Operação Esgoto Norte . _Da SIURB, o Eng.ºs, Alexandre Conti/ Superintendente da Secretaria de Infra Esturtura Urbana e Obras – e, Ariovaldo Lopes, Diretor de Obras I, e Carlos Henrique garboiu, Assessor do Secretário da Secretaria de Infra Esturtura Urbana e Obras – SIURB, _representante da subprefeitura regional, a assessora Rosa Silvestre, do Gabinete da Subprefeitura Casa Verde, Cachoeirinha e Limão. O representante convidado da secretaria de habitação, (SEHAB), faltou ao debate.
O inicio do evento teve como abertura uma apresentação do ‘’Coral Eco Arte do Horto Florestal’’ com a regente coralista Lidya de Godau; Quarteto Fora de Si, e Arthur Cezar Santinello em apresentação de encerramento. O objetivo do ‘’I Seminário ‘’ foi cumprido com a tarefa de trazer ao público,informações sobre os impactos da urbanização na região, em especialmente para os moradores, proprietários e comerciantes do Jardim Pery, os palestrantes convidados, além da explanação sobre os serviços e do andamento de cada secretaria envolvidas nas obras de ‘’Urbanização’’, responderam as perguntas dos participantes, feitas antes e por escrito, esclarecendo as duvidas de acordo com a necessidade e a preocupação de cada um. De acordo com O Sr. Ariovaldo, Engenheiro da Siurb, ‘’_são muitas distintas as preocupações de todos, existem problemas diferentes para serem resolvidos antes de cada etapa a ser iniciada, não é apenas fazer a canalização do córrego, mas sim um complexo de obras que tem de ter a continuidade em conjunto... A urbanização do Jardim Pery se faz necessária e de extrema urgência, pois já fazem seguidos 30 anos que a população da região em geral continua esperando tal obra, problemas é o que não faltam para serem resolvidos aqui no Jardim Pery, nosso bairro não tem infra-estrutura, falta canalização, pavimentação, não existe coletor tronco para a coleta do esgotamento sanitário regional, não existem áreas de lazer e a ausência de áreas verdes se faz tão visível que em muitas ruas não há uma árvore plantada, sem contar a precariedade do sistema viário que piora dia a dia. Entretanto a maior urgência e a maior preocupação da população em todos esses anos esta sendo sobre o andamento das obras da canalização do Córrego Guaraú, pois dela depende o acesso e o destino dos esgotamentos e saneamento básico.
Os quatro palestrantes convidados levantaram e debateram as questões que certamente enriquecessem as dúvidas dos munícipes, porém dentro das questões discutidas do Projeto, houve uma grande maioria que se disse não ter conseguido fazer a sua pergunta e não ter entendido o que foi informado. O Sr. Freitas, comerciante e morador do bairro a mais de 40 anos, reclamou que em tudo o que foi anunciado, a ele não trouxe nenhuma informação que já não tivesse conhecimento, e se diz desentendido, quanto ao rumo das obras. Deu até a impressão que eles ficaram com certo medo de contarem sobre o andamento das obras, eu até entendo a posição deles, pois muitos presentes são moradores nas áreas de risco e estes temem pela retirada de suas moradas, é complicado, enfatiza Manoel Freitas.
O representante da SABESP informou sobre os trabalhos que a empresa vem realizando na região, como construções de galerias, elevatórias e as ETES; estações de tratamento de esgoto, vinculados ao projeto Tiete e Córrego Limpo’’, são programas preparatórios para a despoluição dos córregos da cidade anunciada pelo governo do Estado, SABESP e Prefeitura. O córrego Guaraú, desde o início do povoamento do bairro vem sendo utilizado como rede de descarga de esgotamentos sanitários, sejam clandestinas ou das redes residenciais ligadas á rede coletora da SABESP.
A SABESP demorou a se manifestar, e continua devendo muito, reclamou Maria Luisa, moradora no bairro há 21 anos, colaboradora do seminário; segundo ela, as residências dos bairros em geral despejam o esgoto direto nos córregos a céu aberto, sendo obrigados a fazê-lo devido á falta de redes e galerias para a coleta, ”_na região, não existe um coletor tronco de esgoto que é uma obra ultra necessária, agora eles estão canalizando e pavimentando com obras que trarão melhora em partes, mas sem a construção do tronco coletor, a região continuará com problemas de esgotamentos, e certamente num futuro próximo terão que destruir obras já feitas.
Outros moradores reclamam por outros interesses, desde a remoção de moradias ou do destino que será dado ás famílias; comerciantes que buscam informações sobre as melhorias na região, a fim fazerem ou não novos empreendimentos no local, estudantes em urbanismo e ambientalistas também participaram com a intenção de compreender melhor sobre as obras em andamento, já que envolvem a questão ambiental, tão difundida e discutida nos tempos atuais.
O gestor Ambiental Tercio Torres, comentou a redação que ’’- é muito importante que aconteçam, palestras ou seminários como este, para se discutir com a comunidade sobre os melhores caminhos a seguir, quando se trata de urbanismo e meio ambiente não podemos deixar apenas nas mãos dos poderes públicos e o estado, água é vida, em minha opinião o Guaraú tem mesmo é que ser despoluído e não canalizado..SOMOS PELO CAMINHO NATURAL DAS ÁGUAS.
O evento, que teve a duração de 05 h terminou num ciclo de palestras entre a comunidade e os seminaristas convidados, e a cada reclamante no individual explicaram dos interesses e necessidades, a população, em geral, motivada e participativa se deram por insatisfeitas, reclamando da ausência do representante da Secretaria de Habitação ( SEHAB), e solicitaram por um novo ciclo de conversação para ir mais fundo no assunto e dar mais entendimento sobre as questões a princípio debatidas.
Esta redação ‘’ SITE’’,’tem a intenção apenas de acompanhar, informatizar e colaborar da forma mais oportuna, adequada e de maneira imparcial, já que a equipe que a compõem também é nascida e moradora do Jardim Pery e sofre com os mesmos problemas. Assim fica a disposição de todos, e em aberto para quaisquer esclarecimentos, dúvidas, sugestões e noticias que possam ser anunciadas aqui de ambos os lados.
A nossa preocupação se dá pelo motivo do comprometimento com todas as melhorias a serem disponíveis á região. Entretanto não basta que o poder público defina de dentro de seus gabinetes o traçado que deva ser feito ou não sem a prévia consulta e a informação aos interessados e envolvidos na questão, não admitamos que a força maior o’’ Estado’’ mude o curso das águas, assim como também o destino das famílias que supostamente possam ser removidas e sem a preocupação com o destino destas. Como moradores e coadjuvantes nessa luta, exigimos uma próxima roda de palestras, ou outro seminário para os esclarecimentos conclusivos á população, sendo exigida o comparecimento do representante da SEHAB, que era o mais esperado de todos os convidados pela grande maioria da população presente.
O evento que foi organizado por Rogério Custódio,
o apoio de Renato Martins e Dalva Batista, ambos representantes do ‘’Conseg’’ Conselho Nacional de Segurança da Vila Amália; como colaboradores: voluntariado da comunidade de moradores do Flamingo, da rua condessa, R. Brasiluso Lopes e Jardim Pery, da redação deste site, e a participação ativa dos universitários do Programa Escola Família/ DIR norte II, Projeto do Governo do Estado.
Reporter Guaraú São Paulo, 17 de setembro de 2007-09-17 ás 8:30 min